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Professor Fund/Méd na Escola Álvaro Gaudêncio de Queiroz, Campina Grande - PB; e Fundamental em Santa Cruz do Capibaribe-PE.

sábado, 29 de setembro de 2012

A Doutrina Bush

A Doutrina Bush



               O ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 fez mais do que aumentar os investimentos norte-americanos em recursos defensivos. Em 2002, com o pretexto de acabar com os ataques terroristas, o governo divulgou um documento intitulado “A estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos”, que contém determinações para as áreas político-militar e econômica e foram apelidadas de Doutrina Bush, por causa do nome do presidente George W. Bush.
                Com a Doutrina Bush, os Estados Unidos alteraram os padrões de política externa típicos da Guerra Fria e do final do século XX, baseados na contenção ou na tentativa de dissuadir os adversários. Segundo o documento, “não hesitaremos [os Estados Unidos] em agir sozinhos, se preciso for, para fazer uso do direito de autodefesa, de maneira preventiva e antecipada”. Dessa forma, os Estados Unidos justificam suas ações contra países considerados hostis, como ficou comprovado na invasão e na ocupação do Iraque, em 2003.
                A Doutrina Bush determina ainda o fortalecimento das alianças com outros Estados para derrotar o terrorismo no mundo e o fim da maioria dos tratados de não-proliferação de armas nucleares. Além disso, estabelece que os Estados Unidos não permitirão a ascensão de qualquer potência estrangeira que rivalize com a enorme dianteira militar dos norte-americanos, alcançada desde o fim da Guerra Fria e a derrocada da URSS. Estabelece também o compromisso do governo norte-americano em auxiliar países cujos governantes “incentivem a liberdade econômica”, numa indicação clara de que os países devem abrir ou intensificar a abertura de seus mercados, adotando de forma intensa o processo de globalização.
                Além da consolidação dos Estados Unidos como superpotência global, a Doutrina Bush procura defender seus interesses econômicos. Muitos dessas interesses estão associados à garantia do fornecimento de petróleo, matéria-prima e fonte energética fundamental para a economia mundial em geral e, em particular, para a economia norte-americana.
                Os Estados Unidos também procuram intensificar a sua influência no Oriente Médio e na Ásia Central, regiões ricas em petróleo e gás natural e que concentram muitas reservas inexploradas desses recursos. O Oriente Médio também se sobressai na geopolítica internacional pela sua posição estratégica, ligando a Ásia à África e à Europa, além de ser palco de vários conflitos do mundo atual, como o que envolve israelenses e palestinos.
                Por trás da guerra no Afeganistão, por exemplo, estava o interesse dos Estados Unidos em ampliar sua presença na Ásia Central e no Oriente Médio, onde se localizam também alguns países que pertenciam à ex-URSS, como o Kasaquistão e o Turcomenistão, que abrigam grandes reservas de petróleo e de gás natural. Além disso, para que esses recursos possam ser escoados para o mundo ocidental – especialmente os Estados Unidos, Canadá e União Européia -, são necessários gasodutos e oleodutos que devem passar pelo Afeganistão e pelo Paquistão. Daí o interesse dos Estados Unidos e de seus aliados europeus em manter governos pró-ocidentais nessas regiões asiáticas.  

Prof. Flávio Guedes

Agronegócio Brasileiro: Uma Oportunidade de Investimentos



Agronegócio Brasileiro



Moderno, eficiente e competitivo, o agronegócio brasileiro é uma atividade próspera, segura e rentável. Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é hoje a principal locomotiva da economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país.
          O agronegócio é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. Estima-se que o PIB do setor chegue a US$ 180,2 bilhões em 2004, contra US$ 165,5 bilhões alcançados no ano passado. Entre 1998 e 2003, a taxa de crescimento do PIB agropecuário foi de 4,67% ao ano. No ano passado, as vendas externas de produtos agropecuários renderam ao Brasil US$ 36 bilhões, com superávit de US$ 25,8 bilhões.
          Nos últimos anos, poucos países tiveram um crescimento tão expressivo no comércio internacional do agronegócio quanto o Brasil. Os números comprovam: em 1993, as exportações do setor eram de US$ 15,94 bilhões, com um superávit de US$ 11,7 bilhões. Em dez anos, o país dobrou o faturamento com as vendas externas de produtos agropecuários e teve um crescimento superior a 100% no saldo comercial. Esses resultados levaram a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) a prever que o país será o maior produtor mundial de alimentos na próxima década. 
          O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. É o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de couro. As projeções indicam que o país também será, em pouco tempo, o principal pólo mundial de produção de algodão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais. Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, além de suínos e pescados, são destaques no agronegócio brasileiro, que emprega atualmente 17,7 milhões de trabalhadores somente no campo.

MODERNIZAÇÃO

          O bom desempenho das exportações do setor e a oferta crescente de empregos na cadeia produtiva não podem ser atribuídos apenas à vocação agropecuária brasileira. O desenvolvimento científico-tecnológico e a modernização da atividade rural, obtidos por intermédio de pesquisas e da expansão da indústria de máquinas e implementos, contribuíram igualmente para transformar o país numa das mais respeitáveis plataformas mundiais do agronegócio. A adoção de programas de sanidade animal e vegetal, garantindo a produção de alimentos saudáveis, também ajudou o país a alcançar essa condição.
          É evidente, entretanto, que o clima privilegiado, o solo fértil, a disponibilidade de água e a inigualável biodiversidade, além da mão-de-obra qualificada, dão ao Brasil uma condição singular para o desenvolvimento da agropecuária e de todas as demais atividades relacionadas ao agronegócio. O país é um dos poucos do mundo onde é possível plantar e criar animais em áreas temperadas e tropicais. Favorecida pela natureza, a agricultura brasileira pode obter até duas safras anuais de grãos, enquanto a pecuária se estende dos campos do Sul ao Pantanal de Mato Grosso - a maior planície inundável do planeta.
          Para fortalecer essas vantagens competitivas, tornando o agronegócio um investimento ainda mais atrativo, o governo tem modernizado a Política Agrícola. A espinha dorsal desse processo é o seguro rural. Indispensável à garantia de renda do produtor, ele também é essencial à geração de empregos no campo, ao avanço tecnológico e à efetiva incorporação do setor ao mercado de capitais.

Fiquem Atentos !!!

Prof. Flávio Guedes

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Milagre Econômico, O (Parte 1)




A participação do Estado na economia

À medida que a industrialização avançava, a partir de 1930, crescia a polêmica sobre a participação do investimento estrangeiro na economia. Se por um lado era evidente a necessidade desses capitais para impulsionar o crescimento interno, por outro fortalecia-se um discurso nacionalista, que encarava as empresas estrangeiras como exploradoras e não como parceiras do Brasil. Com a subida de Getúlio Vargas ao poder em 1930, essa dualidade foi reforçada. Temas como a exploração do ferro e do petróleo por indústrias nacionais passaram a ser bandeiras de luta de grupos que viam como inaceitável a participação estrangeira na gerência das indústrias de base.

1. O Estado gerenciando a economia

A partir de 1930, no início do período Vargas, começou o debate sobre a intervenção do Estado na economia. Também ganhou força a ideia de que sem um planejamento global o Brasil não teria uma economia forte e estável. Para Vargas e seu grupo mais próximo, o Estado deveria ser o responsável por essa interferência. A teoria desenvolvimentista, proposta pelo governo, defendia a prioridade dos financiamentos e subsídios para a indústria, a garantia de infra-estrutura básica (energia, transportes) e uma política de proteção aos produtos nacionais frente à concorrência das importações.Embora tendo de dividir espaço, com essa nova tendência as lideranças agroexportadoras não perderam totalmente seu lugar como elite econômica.
O chamado "Estado de Compromisso" tratava de manter as regras do jogo atendendo também aos interesses das lideranças agroexportadoras.

2. JK e a promessa dos "50 anos em 5"

Um dos períodos mais festejados de nossa história econômica foi o de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961). Sustentado por um competente esquema de comunicação, JK entusiasmou o país com a promessa de modernização, traduzida em seu lema "50 anos em 5".

O Plano de Metas de JK



O projeto econômico de Juscelino foi apresentado em seu Plano de Metas, que focalizava:

Energia: ampliação do fornecimento.
Transporte: ampliação e melhoria das estradas de rodagem e estímulo às montadoras de automóveis.
Alimentação: maiores investimentos no setor de alimentos para aumentar a oferta.
Indústrias de base: maiores investimentos no setor.
Educação: melhoria e ampliação do ensino público.
A construção de Brasília: incentivo ao desenvolvimento do Brasil Central.

Sem conseguir cumprir satisfatoriamente a maior parte de suas propostas, o Governo JK permitiu anos de intenso crescimento econômico e favoreceu a consolidação da face industrial do Brasil. Hidrelétricas gigantescas, indústria automobilística e estradas que cortavam o país anunciavam um modelo de progresso que depositava na tecnologia as esperanças da resolução dos males do país.

3. Invasão do capital estrangeiro

O Governo JK investiu com convicção na atração de capitais externos para equipar as indústrias locais. Com medidas que privilegiavam esses empréstimos, como a adoção de uma taxa cambial favorável e de facilidades na remessa de lucros para o exterior, o Brasil assistiu a uma invasão veloz do capital estrangeiro em áreas estratégicas.

Efeitos da euforia desenvolvimentista

O alto preço dessa euforia começou a ser percebido durante o próprio Governo Kubitschek. A dívida externa dobrou de valor, tornando-se um tema cada vez mais polêmico nas discussões nacionais. A inflação atingiu níveis altíssimos e o déficit da balança comercial alcançou uma proporção que se tornou preocupante para os credores internacionais. Eles já não acreditavam que o país teria condições de pagar suas dívidas.
Nesse contexto, entrou em cena o Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou a representar o vilão estrangeiro, com suas ingerências na política econômica brasileira e exigências para o saneamento das finanças.
Apesar do crescimento econômico, os empréstimos externos e os acordos com o FMI ajudaram a aumentar a inflação e o arrocho salarial.

Prof: Flávio Guedes
(guedestrezeano@hotmail.com)


Evite erros comuns em Geografia no vestibular



A Geografia atual trata de uma infinidade de assuntos, do tipo de relevo da sua região aos planetas do Sistema Solar, passando por aspectos políticos e econômicos nacionais e internacionais. Os temas que possivelmente estarão presentes podem estar distribuídos e embutidos em outras ciências, como conhecimentos gerais. Vale ressaltar que a Geografia fala da realidade e como podemos encarar os fatos ocorridos em determinado momento.

Devemos prestar atenção aos mínimos detalhes, sob pena de cometermos deslizes durante as provas que podem comprometer sua aprovação. As 'pegadinhas', quando ocorrem, não são uma forma direta para prejudicar o estudante, mas para valorizar o aluno que relaciona, compreende os fatos e, principalmente, se mantém concentrado.

Confira alguns erros frequentes que não se pode cometer:

- Tempo x clima: é comum também trocar as definições de tempo e clima. "Tempo é o estado momentâneo do ar, num determinado lugar da Terra. Caracteriza o tempo atmosférico desse lugar".
 Enquanto clima pode ser:

1. Conjunto de estados do tempo meteorológico que caracteriza uma determinada região durante um grande período de tempo, incluindo o comportamento habitual e as flutuações, resultante das complexas relações entre a atmosfera, geosfera, hidrosfera, criosfera e biosfera.
2. Conjunto de fenômenos meteorológicos (chuvas, temperatura, pressão atmosférica, umidade e ventos) que caracterizam o estado médio da atmosfera num determinado ponto da superfície terrestre.
3. Sucessão habitual dos tipos de tempo, cujos elementos são a temperatura, a pressão e a umidade atmosférica (diferenciando os climas planetariamente). Ressaltando ainda que os fatores do clima altitude, latitude, proximidade do mar, correntes marítimas (diferenças regionais dos climas).

- Fenômenos naturais: quando se trata de fenômenos da natureza, há quem confunda os problemas com a interferência humana no planeta (ação antrópica), como os envolvendo mudanças climáticas e o tão falado aquecimento global, e os fenômenos que independem da ação humana, como terremotos e vulcões.

- Fusos horários: não precisa viajar para ser afetado pelos fusos horários. As mudanças nos relógio de acordo com a posição no planeta fazem parte das questões mais problemáticas para muitos vestibulandos.A dificuldade aumenta principalmente quando a questão traz informações em mapas. "Fique atento a todas as informações, como cores, legenda e escala do mapa".

Fica a dica !!!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O que pensar sobre isso?

Ronaldinho Gaúcho, Vanderlei Luxemburgo e Marcos Vilaça (presidente da ABL)

Vamos começar a entender tudo isso enfocando três fatores:

Primeiro: pelo própria desvirtuação do conceito de celebridade.

Antigamente, a celebridade era um status conferido para alguém que fazia algo, alguém que atingia um elevado grau de eficiência em sua área de trabalho. Hoje a celebridade é um status destituído de significado de premiação de conquistas, um status que é simplesmente dado para alguém que simplesmente é alguma coisa, mesmo que esse "alguma coisa" no frigir dos ovos não seja nada de importante.
( No caso particular de Ronaldinho, hoje ele é mais algo que simplesmente é do que alguém que faz efetivamente algo )

Segundo: a importância que é o futebol possui dentro da sociedade brasileira.

Mesmo quem detesta o esporte tem que admitir que o futebol permeia implacavelmente todas as camadas sociais de modo a se tornar um elemento agregador que provê uma identidade cultural para a maior parte dos brasileiros.
Nesse contexto, o futebol torna-se um salvo conduto para que pessoas habilidosas na prática desse esporte consigam ascender socialmente e adquirir um status de importância que não estaria disponível para estes indivíduos em outras circuntâncias.
( Não que isso seja exclusivo do Brasil. Em outros países, atletas bem sucedidos são igualmente colocados em posições sociais elevadas pela admiração de seus conterrâneos )

Terceiro: ausência...

Talvez a ABL sinta-se deslocada deste Brasil atual tão avesso ao hábito de ler livros e se veja desesperadamente com a necessidade de ser "pop", de ser notícia, de estar "antenada" com o mundo de hoje. É a única forma que entendo uma sandice dessas !!!!
De qualquer forma, imagino que Machado de Assis, lá no céu dos escritores, diria algo como "Ao vencedor, as batatas" e se divertiria com seu amigo Lima Barreto ao ver como toda essa situação lembra o conto "O homem que sabia javanês"....

p.s: não podemos esqueçer que Luxemburgo e Sarney também recebrem essa mesma “honraria”.

Assistam o vídeo, bem legal !!



Sem mais....

Prof. Flávio Guedes