Ronaldinho Gaúcho, Vanderlei Luxemburgo e Marcos Vilaça (presidente da ABL) |
Vamos começar a entender tudo
isso enfocando três fatores:
Primeiro: pelo própria
desvirtuação do conceito de celebridade.
Antigamente, a celebridade era um
status conferido para alguém que fazia algo, alguém que atingia um elevado grau
de eficiência em sua área de trabalho. Hoje a celebridade é um status
destituído de significado de premiação de conquistas, um status que é
simplesmente dado para alguém que simplesmente é alguma coisa, mesmo que esse
"alguma coisa" no frigir dos ovos não seja nada de importante.
( No caso particular de
Ronaldinho, hoje ele é mais algo que simplesmente é do que alguém que faz
efetivamente algo )
Segundo: a importância que é
o futebol possui dentro da sociedade brasileira.
Mesmo quem detesta o esporte tem
que admitir que o futebol permeia implacavelmente todas as camadas sociais de
modo a se tornar um elemento agregador que provê uma identidade cultural para a
maior parte dos brasileiros.
Nesse contexto, o futebol
torna-se um salvo conduto para que pessoas habilidosas na prática desse esporte
consigam ascender socialmente e adquirir um status de importância que não
estaria disponível para estes indivíduos em outras circuntâncias.
( Não que isso seja exclusivo do
Brasil. Em outros países, atletas bem sucedidos são igualmente colocados em
posições sociais elevadas pela admiração de seus conterrâneos )
Terceiro: ausência...
Talvez a ABL sinta-se deslocada
deste Brasil atual tão avesso ao hábito de ler livros e se veja
desesperadamente com a necessidade de ser "pop", de ser notícia, de
estar "antenada" com o mundo de hoje. É a única forma que entendo uma
sandice dessas !!!!
De qualquer forma, imagino que
Machado de Assis, lá no céu dos escritores, diria algo como "Ao vencedor,
as batatas" e se divertiria com seu amigo Lima Barreto ao ver como toda
essa situação lembra o conto "O homem que sabia javanês"....
p.s: não podemos esqueçer que
Luxemburgo e Sarney também recebrem essa mesma “honraria”.
Assistam o vídeo, bem legal !!
Sem mais....
Prof. Flávio Guedes
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