Há dez anos, vimos, incrédulos, imagens que não poderemos esquecer. Dois aviões comerciais foram projectados contra as torres do World Trade Center, semeando um pânico indescritível entre os nova-iorquinos. Um terceiro avião atingiu o Pentágono e o quarto falhou o alvo, graças à resistência heróica dos passageiros.
Nos atentados de 11 de Setembro de 2001 morreram cerca de três mil pessoas – mais quinhentas do que no ataque aeronaval japonês a Pearl Harbor, durante a II Guerra Mundial. Pelos seus efeitos devastadores, esses atentados foram justamente comparados a um ataque militar e mobilizaram os recursos de defesa norte-americanos.
Mas as consequências dos atentados foram muito mais profundas. As intervenções militares no Afeganistão e no Iraque e a aprovação do ‘Patriot Act’, pelos Estados Unidos, ou de novas leis antiterroristas, pelos Estados europeus, modificaram o cenário internacional e o modo como a segurança influencia a nossa vida quotidiana.
Defesa internacional preventiva e sacrifício de inocentes utilizados como arma involuntária em ataques com aviões civis foram métodos usados ou preconizados na chamada ‘guerra contra o terrorismo’. No caso das técnicas de interrogatório, cedeu-se mesmo à tentação de enveredar pelo caminho inaceitável da tortura de detidos.
Dez anos volvidos sobre os atentados, que balanço podemos fazer sobre a nossa segurança? O Mundo está mais seguro? A ameaça terrorista perdeu intensidade? A resposta mais comum a estas perguntas defende que o Mundo está agora mais seguro, mas que a ameaça terrorista ainda subsiste e não pode ser menosprezada.
É certo que o terrorismo não deve ser desvalorizado. Enquanto houver pessoas fanatizadas, dispostas a sacrificar a vida e a matar inocentes em nome de uma causa suprema, qualquer que seja, podem repetir-se atentados como os de Nova Iorque, Madrid ou Londres. Mas a al-Qaeda está enfraquecida e o risco de atentado é menor.
A resposta enérgica e concertada dos EUA e da UE – que, porém, não justifica cedências em matéria de direitos humanos – foi decisiva para obter este resultado positivo. A ‘Primavera Árabe’, que transporta consigo a esperança na democracia e na justiça social é, em certa medida, fruto de tal reacção.
Acesse o link abaixo para acompanhar os jornalistas do site G1, relembrado e comentando o Antentado de 11 de Setembro.
Bem legal o vídeo abaixo, que mostra o programa noticiando o ocorrido no dia seguinte. Vale a pena conferir.
Prof. Flávio Guedes
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