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Professor Fund/Méd na Escola Álvaro Gaudêncio de Queiroz, Campina Grande - PB; e Fundamental em Santa Cruz do Capibaribe-PE.

sábado, 27 de agosto de 2011

Belo Monte será hidrelétrica mais cara e menos produtiva

Protesto contra construção da Usina    

 
O governo realizou, em meio a uma batalha jurídica, o leilão que definiu o consórcio que fará a construção e venderá a energia de Belo Monte, o Norte Energia. O grupo é liderado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que tem 49,98% de participação, e mais oito empresas de construção e engenharia.
Após o leilão, algumas informações indicavam que a construtora Queiroz Galvão e a J. Malucelli pensavam em sair do consórcio, mas as empresas não confirmaram.
Embora tenha capacidade instalada de 11 mil MW, o que a tornará a segunda maior hidrelétrica do país, Belo Monte tem energia firme (que pode ser assegurada já prevendo os períodos de seca) de 4,4 mil MW, 40% da capacidade. Na maior usina do país, a binacional Itaipu, que tem 14 mil MW de capacidade, a energia firme representa 61%. Na segunda maior atualmente, Tucuruí - que perderá a posição para Belo Monte -, o percentual é de 49%.
A energia firme de Belo Monte é proporcionamente menor segundo dados do governo por conta das caracteríticas do Rio Xingu, cuja vazão fica bastante reduzida em épocas de seca. Para reduzir os impactos ambientais, Belo Monte não terá reservatório, será uma usina a fio d´água, ou seja, vai gerar energia conforme a quantidade de água existente no rio.
O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de Belo Monte diz que quando a hidrelétrica estiver cheia "vai ser possível guardar água nos reservatórios das usinas em outras regiões do país. Com os reservatótios cheios, essas usinas vão gerar mais energia quando Belo Monte estiver gerando pouca energia (na seca)".

Produtividade

Especialistas em energia elétrica destacam que Belo Monte é importante para atender ao crescimento da demanda de consumo prevista para os próximos anos, mas concordam que a produtividade da hidrelétrica é baixa.
Para o engenheiro Silvio Areco, da consultoria Andrade & Canellas, especializada em energia e com atuação direta em hidrelétricas, o percentual considerado bom para os investidores da energia firme em relação à capacidade instalada é de 55%.
O governo estima cerca de R$ 3 bilhões dos R$ 19 bilhões totais previstos para a construção. Especulações dão conta de que a obra total custe até R$ 30 bilhões.
O conhecimento dos problemas juntamente com o baixo preço estabelecido como máximo para o leilão pelo governo foram alguns dos motivos para as construtoras Camargo Corrêa e Odebrecht, que participaram dos estudos da hidrelétrica e conhecem melhor o local, desistirem de concorrer no leilão. Em nota, as construtoras afirmaram que não havia condições financeiras.
O preço máximo definido pelo leilão era de R$ 83 por MWh. O consórcio derrotado, formado pela Construtora Andrade Gutierrez, que também participou dos estudos da obra, ofereceu R$ 82,9 por MWh. O grupo vencedor, que entrou de última hora na disputa, ofereceu R$ 78.
Areco considerou que o valor é bem abaixo do que seria necessário para cobrir os gastos.

características técnicas das usinas

Hidrelétrica de Itaipu
Rio Paraná
Local: Paraná / Paraguai
Inaugurada em 1984
Capacidade instalada: 14 mil MW
Energia firme: 8,6 mil MW (61% da capacidade)

Hidrelétrica de Belo Monte (projeto)
Rio Xingu
Local: Pará
Leilão ocorreu em 20 de abril, operação deve começar em 2015
Capacidade instalada: 11 mil MW
Energia firme: 4,4 mil MW (40% da capacidade)

Hidrelétrica de Tucuruí
Rio Tocantins
Local: Pará
Inaugurada em 1984
Capacidade instalada: 8,3 mil MW
Energia firme: 4,1 mil MW (49% da capacidade)

Hidrelétrica de Jirau
Rio Madeira
Local: Rondônia
Deve começar a operar em 2012
Capacidade instalada: 3,3 mil MW
Energia firme: 1,9 mil MW (57% da capacidade)



 Fonte de pesquisa: G1

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